BREVE HISTÓRICO DA GREVE (recortes)
A palavra greve tem também um percurso interessante. No início ela significava simplesmente um tipo de arbusto existente nas margens do rio Sena, em Paris. Em francês, grève. Num terreno contíguo a uma dessas margens, formou-se uma praça, que veio a ser designada como Place de Grève. A praça tornou-se um local onde se juntavam trabalhadores sem emprego em busca de alguma ocupação. Quando os parisienses precisavam de algum trabalhador, iam lá atrás dessa mão-de-obra. Daí surgiram expressões como "ir a greve" (aller en grève), "estar em greve" (être en grève) e outros correlatos, para designar o trabalhador que, sem trabalho, lá ficava de braços cruzados sem ter o que fazer.
Já era o século XIX e o movimento operário tinha surgido. Eram tempos duros, aqueles. Completamente desregulado, o capitalismo submetia os trabalhadores a uma exploração tão brutal que o revolucionário Engels, no livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, observou (bem antes de Gilberto Freyre, autor de idêntica observação...) que as condições de vida dos escravos nas Américas eram mais amenas do que aquelas dos assalariados europeus na época da revolução industrial. Nessas condições, vez por outra os trabalhadores cruzavam os braços e se recusavam a trabalhar, exigindo melhorias na sua condição. Recuperando o antigo termo, começou-se a dizer que eles estavam en grève... E foi assim que surgiu a greve.
Nesse tempo, cruzar os braços não era nenhum piquenique. A brutalidade dos patrões e da polícia não se fazia de rogada. Numa época em que o Estado não fazia nenhuma questão de desmentir a acusação marxista de ser o "comitê executivo da burguesia", a repressão se fazia de forma escancarada. Prisões, demissões, espancamentos, "listas negras", deportações - esse foi o lote de provações que o movimento operário nascente teve de enfrentar no duro trabalho de parto que foi o seu. Basta lembrar que só em 1884 uma lei francesa autorizou os trabalhadores a constituírem sindicatos. Antes disso, qualquer tentativa de organização da classe era considerada um atentado à "liberdade do trabalho", e, portanto duramente reprimida.
Fonte:Luciano Oliveira, professor da UFPE. (La Insignia)
Oi Jerry, eu acho super certo vocês fazerem essa greve, mais penso também nos prejuízos que vão nos causar. Só quero saber quando que terminará essa manifestação, pois a cada dia que passa vai ficando mais difícil para nós estudantes seguirmos o cronograma de aulas. Beijos e Obrigada pela atenção.
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